A família do motorista morto ontem (leia
aqui) entrou em contato com a nossa redação para contestar a informação que a causa da sua morte tenha sido Covid-19 (coronavírus). Para a família, o homem morreu de complicações pulmonares e trombose, doenças para as quais já fazia tratamento desde 2011.
Segundo a declaração de óbito, assinada por um médico do Hospital Samaritano de Sorocaba, as causas da morte foram: sepse grave (infecção generalizada), pneumonia e suspeita de Covid-19. O documento diz ainda que o paciente era portador de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e hipertensão pulmonar arterial.
A família descarta a suspeita de Covid-19 e alega que o familiar já tinha graves problemas pulmonares, como tromboembolia pulmonar (doença em que uma ou mais artérias pulmonares ficam bloqueadas por um coágulo sanguíneo) e que teria contraído uma bactéria no pulmão, que agravou o problema.
Segundo a família, o caminhoneiro foi diagnosticado em 2011 com trombose venosa grave. Há seis meses o quadro se agravou e desde então ele estava afastado do trabalho para tratamento.
Ultimamente ele estava debilitado, com dificuldade respiratória e utilizando balão de oxigênio, e que não saia de casa havia mais de três meses e não mantinha contato com ninguém de fora. A esposa e filhas disseram que, por conta da baixa imunidade do motorista, sempre que voltavam da cidade tinham o cuidado de fazer a esterilização das roupas e higienização pessoal corretas para evitar qualquer contaminação.
Os familiares contaram que na quarta-feira (1º) ele passou muito mal, foi atendido na Santa Casa e orientado a ir para o Hospital Samaritano, onde tinha convênio médico, mas não quis ir.
Na quinta o quadro se agravou e ele foi levado para o Samaritano, onde deu entrada por volta de meio-dia com febre e dificuldade respiratória. Por volta de 19 horas foi para a UTI e às 22h30 entrou em óbito.
Secretaria de Saúde não foi informada do caso
No início da tarde deste sábado(4) a secretaria Cássia Queiroz disse para a nossa reportagem que até o momento a Secretaria Municipal de Saúde de Pilar do Sul ainda não havia sido informada oficialmente dobre o caso e que, por isso, o dado ainda não consta no Boletim Epidemiológico, que são atualizados diariamente no site da Prefeitura. Como o atendimento e a morte do paciente se deram em Sorocaba, caberá a secretaria de saúde daquele município inserir os dados no sistema estadual, para que o dado seja repassado e inserido no sistema local.