Três homens foram presos em flagrante na manhã desta segunda-feira (15) após serem surpreendidos transportando mais de mil hastes de palmito juçara extraídas ilegalmente de uma área protegida, localizada na zona rural de Pilar do Sul, nas imediações da Fazenda Suzano, no bairro Ponte Alta.
A ação foi desencadeada por policiais ambientais, com apoio de guardas-parques do Parque Estadual Carlos Botelho, após denúncia de que indivíduos estariam realizando corte clandestino de vegetação nativa, crime previsto na Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98).
Os agentes se dirigiram ao local na tarde de ontem (domingo, 14), por volta das 17h, onde encontraram 240 feixes de palmito in natura já preparados para transporte. Diante da suspeita de que os autores poderiam retornar ao local, a equipe montou uma campana durante a madrugada.
Já na manhã de hoje, por volta das 5h, os policiais visualizaram a movimentação de três homens, que chegaram ao local em uma caminhonete Mazda B2500, com placas de Boituva (SP). Eles foram flagrados carregando o material vegetal na carroceria do veículo, momento em que foram abordados pelos policiais.
Os três suspeitos — Eugênio Bispo dos Santos Neto, 54 anos, Ademir Carvalho de Oliveira, 61 anos, e Nelson Vieira da Silva, 50 anos — confessaram o crime, afirmando que haviam retornado à propriedade para buscar o palmito retirado de forma ilegal. Ao todo, foram contabilizadas 1.016 hastes de palmito juçara, espécie nativa da Mata Atlântica e considerada ameaçada de extinção.
Dada a gravidade dos fatos, o isolamento do local e o risco de fuga, os policiais realizaram o algemamento dos envolvidos, que, segundo o boletim, não ofereceram resistência e colaboraram com a ação policial.
A caminhonete utilizada no transporte foi apreendida, e os três homens foram conduzidos à Delegacia de Polícia de Pilar do Sul, onde o delegado Milton Andreoli formalizou a prisão em flagrante com base nos artigos 46 e 50 da Lei de Crimes Ambientais.
O material apreendido ficou sob custódia das autoridades, e uma advogada acompanhou toda a tramitação do caso e os interrogatórios dos presos.
O crime de destruição de vegetação nativa e transporte de produtos florestais sem autorização pode resultar em penas de detenção e multas severas, conforme prevê a legislação ambiental brasileira.
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Fotos: Divulgação / Polícia Militar Ambiental