Jorge Takashi Iriyama (PDT) não é mais o secretário municipal de Governo, Segurança Comunitária e Trânsito da Prefeitura de Pilar do Sul.
A exoneração do vereador foi assinada pelo prefeito Antonio José Pereira (DEM) nesta segunda-feira (29) e publicada no site oficial da prefeitura (
aqui).
Takashi se licenciou do cargo de vereador em dezembro de 2017 para assumir o cargo de secretário na administração de Toninho da Padaria.
Procurado pela reportagem do Pilar News, Takashi não quis comentar o caso, nem ao menos informar se a exoneração foi a seu pedido, ou por decisão do prefeito. Ele também não confirmou se assumirá e permanecerá no cargo de vereador.
“Estou vendo e depois a gente conversa”, disse.
Nossa reportagem também tentou falar com o prefeito Toninho da Padaria, mas sua assessoria disse que ele estava em reunião e não poderia atender.
Por telefone, José Carlos Pereira, secretário de administração, disse não saber o motivo da exoneração, uma vez que houve uma reunião na tarde de ontem da qual ele não participou. Carlinhos Pereira disse que a administração ainda não tem um substituto para assumir a pasta.
Com a exoneração de Takashi Iriyama, em apenas dois anos e quatro meses de governo, subiu para oito os secretários substituídos na administração de Toninho da Padaria (DEM).
Antes, foram exonerados Fábio Mariano, Aldovir Gori (agricultura), Regiane Mazzer, Guto Carvalho (cultura e turismo), Valdenise Barros, Miriam Cavalcante e Jean Rodrigues (saúde).
Exoneração seria manobra para salvar Agnaldo
A exoneração de Takashi foi recebida com surpresa no meio político pilarense. Nos bastidores a suspeita é que seja uma manobra da base política de Toninho da Padaria para tentar salvar o mandato de Agnaldo Silvestre (PDT), que teve o mandado extinto após ter sido condenado pela Justiça pelo crime de concussão (leia
aqui e
aqui).
Inconformado, Agnaldo entrou com um recurso contra a decisão da Mesa Diretora que extinguiu o seu mandato.
O recurso será julgado pelo plenário na sessão de hoje (30/4). Para derrubar a decisão da Mesa e reaver o cargo, serão necessários seis votos, dos 11 vereadores da casa.
Como Agnaldo teve o mandato extinto, a base do prefeito ficou com apenas quatro vereadores. Para a votação do recurso seria convocado o suplente Miguel Guedes (PP) - justamente quem assumiria a cadeira, interinamente, caso se confirmasse a cassação de Agnaldo e se Takashi continuasse como secretário.
A exoneração de Takashi, e sua volta repentina à Câmara, seria para evitar a votação de Miguel Guedes, que poderia votar a favor da Mesa, e para garantir o voto da base do prefeito a favor de Agnaldo.
Mas, mesmo com a manobra, a situação de Agnaldo é complicada, uma vez que informações de bastidores dão conta que os seis vereadores da oposição, Paulinho Pinheiro (PMDB), João Batista, Elaine Ramos (ambos do PTB), Clayton Machado, Karla Pagianotto e Luis Brisola (todos do PSDB), estão fechados em apoio à decisão da Mesa Diretora, em consonância com as recomendações da Justiça e do Ministério Público pelo cumprimento da Constituição Federal e da Lei Orgânica Municipal e, consequentemente, a extinção do mandato de Agnaldo Silvestre.
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