Laudo confirma primeira morte de macaco por febre amarela em Pilar do Sul
Laudo do Centro de Patologia do Instituto Adolfo Lutz confirmou a primeira morte de macaco por febre amarela em Pilar do Sul. A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira (12) pela Secretaria de Saúde de Pilar do Sul.
O macaco da espécie bugio, sexo feminino, foi encontrado morto no dia 31 de janeiro no bairro da Paineira por um morador que acionou a Vigilância Sanitária, que recolheu e enviou o animal para exame imuno-histoquímico, cujo resultado acusou positivo para a doença.
Para Marcos Augusto de Gois Vieira, secretário municipal de saúde, mesmo com o primeiro caso confirmado de animal morto pela doença, não há motivo para pânico, uma vez que desde janeiro a campanha de vacinação foi intensificada e quase a totalidade da população foi vacinada.
Além disso, frisa o secretário, no ano 2009 foi realizada uma campanha de vacinação e 80% da população foi imunizada e desde janeiro aproximadamente outras 4.500 pessoas foram vacinadas no município.
“A campanha continua, com vacinações as quartas-feiras, no PAM da Nova Pilar, as quintas-feiras no Centro de Saúde Terezinha (Campo Grande) e as sextas-feiras no Centro de Saúde Helena (centro). Além disso, nesta terça-feira (13) iremos reforçar a campanha no bairro da Paineira, com visitação casa a casa pelos agentes comunitários de saúde”, disse Marquinho.
Zacarias Fogaça, diretor de Vigilância Sanitária, informou que desde janeiro 43 macacos foram encontrados mortos nas regiões dos bairros Paineira, Caxangá, Cananéia e Pinhal. Destes, 10 foram enviados para análise, sendo que um deu positivo para a doença, dois negativos e outros sete animais ainda estão em análise no Instituto Adolfo Lutz. Os demais estavam em avançado estágio de decomposição e não foi possível recolher material para exame imuno-histoquímico.
O diretor da VISA pede a população que ao encontrar um macaco morto avise imediatamente o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) pelo telefone fixo: (15) 3278-4248 ou celular 99750-4612 que recolherá o animal para análise.
Macaco não é o vilão
A técnica veterinária Maíra Martins, coordenadora de controle de zoonoses, alerta a população que o macaco não transmite a doença e que as pessoas não devem atacar os animais.
Ela explicou que os macacos representam um alerta quanto à incidência da doença em áreas silvestres, porque são vulneráveis ao vírus, e ajudam as autoridades sanitárias a elaborar ações de prevenção da doença em humanos.
Assim como a dengue, a febre amarela é um vírus transmitido por um mosquito. Na verdade, três: Haemagogus e Sabethes, que propagam a doença nos meios rurais e silvestres, e o Aedes aegypti, transmissor nas zonas urbanas. Não são registrados casos urbanos da doença no Brasil desde 1942.
Os sintomas são febre, dor de cabeça aguda, dores no corpo, vômito e fraqueza. Em casos graves, a pessoa pode ter febre alta e icterícia (cor amarelada na pele e branco dos olhos) e pode evoluir para falência dos rins e do fígado e até causar a morte.
Cronograma de vacinação da febre amarela:
Quartas-feiras - PAM I Cecília Urias De Moura (Nova Pilar)
Quintas-feiras - Centro de Saúde Terezinha de Mores Arsilla (Campo Grande)
Sextas-feiras - Centro de Saúde Helena de Proença Lacerda (Centro)